“Lembrem-se: aquele que semeia pouco, também colherá pouco; e aquele que semeia com fartura, também colherá fartamente. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vocês toda graça, para que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, abundem em toda boa obra.”
— 2 Coríntios 9:6-8
O cenário atual: muita estrutura, pouca entrega
Hoje em dia, nossas igrejas estão cheias de recursos. Temos templos bem montados, som de qualidade, ministérios para cada faixa etária, redes sociais bombando. Mas, apesar dessa estrutura toda, existe um desafio silencioso: a falta de compromisso no momento de contribuir.
Não estou falando apenas de dinheiro (apesar de ele ser essencial para manter o ministério girando), mas também de tempo, talento e disposição. Parece que muita gente quer participar da colheita, mas poucos estão dispostos a semear.
Semeadura é atitude de coração
Paulo, em 2 Coríntios, não faz pressão para arrecadar ofertas. Ele não fala de “campanha emergencial” nem de “desafio financeiro”. Ele fala de coração. Ele diz que quem semeia pouco, colhe pouco — e quem semeia muito, colhe muito. Ele fala de alegria na hora de dar, não de obrigação.
Aqui está a chave: Deus não está atrás de nosso dinheiro; Ele está atrás de nosso coração. Mas quando Ele tem nosso coração, o resto vem junto.
O poder escondido na generosidade
É interessante como Paulo deixa claro que Deus não só supre nossas necessidades, mas também multiplica aquilo que colocamos nas mãos Dele. Em outras palavras: quando entregamos com generosidade, Deus transforma isso em impacto muito maior do que imaginamos.
Hoje, a igreja precisa de recursos para pagar aluguel, manter projetos sociais, sustentar missionários, ajudar famílias necessitadas. Quando seguramos a mão, o Reino trava. Quando abrimos a mão, o Reino avança.
E isso não vale só para ofertas: vale para o tempo que você dedica, para o talento que você compartilha, para o abraço que você oferece a quem precisa.
Quando eu contribuo, Deus cuida de mim
Uma das maiores preocupações das pessoas ao pensar em contribuir é: “E se faltar para mim?”
Mas Paulo nos lembra: Deus é poderoso para fazer abundar toda graça em nós. Isso significa que Ele garante que você terá o suficiente e ainda poderá ajudar outros.
Quantas vezes já ajudamos alguém e, logo depois, vimos portas se abrirem, oportunidades surgirem, ou simplesmente sentimos o coração cheio de paz? Generosidade nunca empobrece. Ela enriquece — primeiro o coração, depois as circunstâncias.
Aplicação prática: por onde começar?
Talvez você esteja pensando: “Mas eu não tenho muito para dar.”
A boa notícia é: Deus não mede a quantidade, Ele olha para a disposição. Comece pequeno, mas comece.
• Separe no início do mês uma oferta, antes mesmo de gastar com outras coisas.
• Ofereça uma tarde para servir em algum ministério.
• Disponibilize seus dons (música, design, culinária, ensino, intercessão) para ajudar a igreja.
Você vai se surpreender com o que Deus pode fazer através de pequenas sementes.
Conclusão: mãos abertas, coração leve
No fim das contas, o chamado de Paulo não é só sobre finanças — é sobre postura de vida.
Ele nos convida a viver de mãos abertas, com um coração generoso, porque Deus ama quem dá com alegria.
Frase para guardar no coração:
“Deus não quer só o que temos; Ele quer quem somos. Quando Ele tem o nosso coração, o resto flui naturalmente.”
Desafio final
Hoje, faça uma oração simples:
“Senhor, o que eu posso Te entregar com alegria?”
E então, com fé e generosidade, semeie. Você vai perceber que o céu sempre se move através de mãos dispostas.
Autor
Pr.Ednaldo Araújo